segunda-feira, 18 de maio de 2009

Search Engines - o Google não está sozinho

Uma bela surpresa foi o exercício de comparação entre os search engines mais usados na web recentemente. É interessante observar que mesmo diante de um gigante, os concorrentes não se rebaixam e criam cada dia mais ferramentas interessantes para se destacar no ramo que já dizendo tudo, é o de “googlar”. As inovações de sites como o Ask.com, onde um thumb dos sites de resultados pode ser visto com um simples movimento do cursor, ou a opção de compartilhamento dos resultados com outras plataformas como no caso do Dogpile. O Clusty não fica para trás e, na minha opinião, se tivesse resultados em português com a qualidade excepcional do Google, seria minha nova ferramenta de busca. Mas também há os sites que são puro desastre, como o Live Search, do MSN, e o ostracismo ao qual ficou o AltaVista. Abaixo faço minhas colocações sobre cada um deles.

Quem é Quem

ASK.com – Comecei minha pesquisa pelo Ask.com para esquecer um pouco a interface já tão conhecida do Google. Logo na página principal me surpreendi com o fato de poder escolher qual design eu gostaria que a página tivesse daqui para frente. Vou esquecer de fazer a comparação que “no Google isso não é possível”, senão todas as análises acabarão com a mesma frase. Foram 209 mil resultados para a mesma sequência de palavras em todas as pesquisas: cura do stress. Me agrada quando o primeiro resultado da pesquisa vem acompanhado de uma foto ou um vídeo. Neste caso, um vídeo no Youtube. O sistema de busca do Ask.com, mesmo sendo em português, e isso não é nenhuma novidade, faz correlações com uma série de fatores do tema e disponibiliza essa lista no canto á direita. Duas curiosidades: os resultados da pesquisa são exibidos em um “sanduíche” de resultados patrocinados. Primeiro é a sugestão de vídeo, depois três sponsored results, em seguida uma série de dez resultados e, por fim, outros quatro outros sponsored results. É uma bela armadilha. Outra curiosidade, interessantíssima, é o desenho de um binóculo ao lado do site de cada resultado. Ao passar o cursor sobre o ícone, aparece um thumbnail da página. Pena que os resultados não me levariam a ter uma visão abrangente do que, de fato, devo fazer para curar meu stress diário.


Dogpile- Primeiro levei um susto quando vi as marcas de Google, Yahoo!, Ask e Live Search na página do Dogpile. Mas o que a concorrência estaria fazendo ali? Logo percebi que os provedores da busca do Dogpile são os grandes, e ele é apenas um gerador de tráfego para os mesmos. A home é bastante amigável, pois tem o ranking dos assuntos mais procurados no Dogpile e ainda uma área charmosa com cachorrinhos assistindo TV à espera do começo de um suposto filme. É um convite ao internauta que deseja saber informações sobre películas. Outra surpresa é que na lateral ele tem duas ferramentas: sugere outras formas de perguntar o que estou procurando e, logo abaixo, o melhor: minhas pesquisas ‘recentes’ listadas uma a uma. Relevante também é a possibilidade de compartilhamento do resultado com outras plataformas, quer dizer, todas: email, facebook, twitter, delicious, myspace, digg e outros. O inesperado não acaba por aí, porque os resultados fornecidos pelo Dogpile são uma catástrofe. Primeiro nos resultados web, mas quando fui aos resultados de notícias sobre o tema, confirmei que ele é belo, cheio de atitude, mas não tem conteúdo nenhum. O Dogpile também não diz quantos são os sites achados, mas cita a fonte de cada um deles. Mesmo assim, digno de visita apenas para matar saudade dos cachorrinhos da home.


MSN Live Search – Layout totalmente limpo e objetivo, o Live Search não tem atrativo nenhum. As opções de busca se limitam a Web, Notícias, Imagens e Mapas, isso no menu rápido. Quando clicamos em “ver todos”, a frustração é ainda maior. Não encontramos a opção de caçar vídeos sobre o tema. Os resultados são pífios, não passam de 182 mil, e... É melhor não clicar nas “Notícias” relacionadas ao tema da pesquisa. Além de não obter resultado nenhum, ele não tem um botão de volta aos resultados da web. É preciso clicar na logo da home, para lá, então, digitar tudo de novo e obter os mesmos resultados de antes. Triste fim.


Clusty – Assim como num cluster, esse site tem o método mais amigável e prático de apresentação de resultados até agora. Ele mostra diversos segmentos dentro do tema em uma lista à esquerda dos resultados. Assim como o Dogpile, ele usa plataformas de buscas de outros provedores e também dá o crédito deles em cada um dos resultados. Nesse mesmo menu de resultados da esquerda, dá para saber quais dos provedores deu mais e menos resultados, bem como especifica quais categorias de sites são fornecidas nos resultados. Se são .com, .net, .org, etc. Dá para ter um pouco de noção de credibilidade a partir das extensões de cada página, o que ajuda bastante nas buscas. Por ser em inglês e não ter nenhuma relação com o português, ao contrário do Live Search que tinha até opção de resultados no Brasil, o Clusty também não apresenta resultados de notícias. Duas opções no menu de ferramentas são diferenciais no refino dos resultados: pode-se escolher se você quer resultados de blogs ou do Wikipédia. E ainda tem como procurar empregos relacionados ao tema. Os resultados na web passaram dos 860 mil, mas devo confessar que os sites apresentados não dariam uma ideia abrangente de como curar o stress.

Radar UOL – Utilizando a plataforma do Google atrelado ao seu conteúdo, o Radar UOL, que creio ter virado UOL Busca, teve o melhor dos resultados na busca (antes de chegar no Google). A qualidade do material apresentado é realmente bastante superior aos outros. Mas vale lembrar que esse é o primeiro site em português visitado até agora. O legal é que logo na home encontra-se uma Tag Cloud, o que já pode adiantar bastante dependendo do que se está procurando. Outro detalhe é a ligação com o Shopping UOL, que está entre as opções do Menu principal. É o UOL buscando receita de forma inteligente sem ser massante. Rádio UOL e Dicionários também me surpreenderam no menu do UOL Busca. São 195 mil resultados e as opções de ferramenta quando na apresentação dos resultados não passam de poder visualizar determinado site em uma nova janela e ser informado com colchetes antes dos sites quando se trata de um conteúdo achado em blog. O resultado de Links Patrocinados é muito extenso, pega quase toda a tela – pelo menos do meu laptop 15” ­- , e permite que seja visualizado apenas dois resultados da web. É preciso rolar a barra para observar os resultados. Afaga os sponsors e deixa de lado o usuário.


AltaVista – Visitar o AltaVista foi uma experiência, confesso, nostálgica. Lembrei de quando usava os serviços do site e, principalmente, o Babel Fish. Em meados de 1996 era o melhor tradutor. Agora o Freetranslation faz esse papel bem melhor. Assim como o Babel Fish, parece que o AltaVista parou no tempo. O layout é o mesmo que vi há alguns anos e, embora tenha achado 1.160 mil resultados, eles estão listados sem o menor trato. Não tem visualização em cache, não tem a opção de abrir em uma nova janela, ou mesmo de obter resultados de vídeos ou notícias. Está tudo junto. Além disso, cada site tem o espaço de apenas uma frase para mostrar o que tem em seu conteúdo. Resumindo, o AltaVista tem uma pesquisa mais ou menos eficiente, mas deixa de lado a praticidade. Tão essencial para qualquer internauta nos dias de hoje.


Yahoo! – Outro site que não visitava há anos. A home do Yahoo! virou um portal de notícias e serviços. São os mesmos 1.160 mil resultados do AltaVista, mas com a opção de busca de Videos, Imagens, Noticias e... shopping! Aqui a receita também fala alto, e é possível, inclusive, visualizar o convite que esse Search Engine faz ao internauta: “Destaque seu site na busca!”, ou “Apareça em Destaque nesta busca”. Os resultados são interessantes, mas apareceram diversos blogs nas primeiras linhas. Nada contra os blogs, claro, mas prefiro confiar em sites ‘oficiais’ ou de notícias. Ao acessar a área de resultados de notícias, duas surpresas: a primeira é que a logomarca (para mim) do extinto Cadê aparece na marca ao lado da logo do Yahoo!. Depois, não há resultados de notícias em 1.160 mil sites sobre cura do stress. Observando com calma, lá estava a opção de atribuir RSS aos próximos resultados de ‘cura do stress’ ao meu feedreader. Não, obrigada.


Google – Web, imagens, mapas, Orkut, Gmail... O Google é o grande gigante dos mecanismos de busca. Na home, um convite para conhecer o browser Google Chrome, que preferi passar sem cumprimentar. Logo que começamos a digitar, não cheguei até o stress, mas ele já me deu uma série de opções de ‘cura’. Assim que digitei o ‘S’ do stress, lá estava a minha dúvida na primeira opção de resposta, com 1.350 mil resultados. Não precisei digitar toda a palavra e fiquei diante dos mais interessantes resultados de cura do stress até agora pesquisados. Uma mistura inteligente de blogs, sites de jornais, revistas especializadas. Tudo ali, o conteúdo que eu queria. Apareceram apenas dois links patrocinados, e fora dos resultados da minha busca. Eles estavam em um menu ao lado direito. Creio que das opções de excluir um resultado, promover outro e abrir páginas semelhantes numa das alternativas sejam ferramentas um tanto simples demais para um gigante como é o Google. Nesse caso, o resultado em Cache, para mim, é o único diferencial. Depois do conteúdo, claro.

3 comentários:

  1. Bruna, sua pesquisa ficou tão completa, adorei! E descobrimos, com isso, que não existe somente o Google por aí, não é mesmo? Um abração, Fernanda.

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  2. Bruna, obrigada por visitar o meu humilde blog. Passei por aqui para conhecer o seu! Vou aproveitar o exercicio desta semana para postar aqui logo, logo. Adorei. Bjs.

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  3. Opa! Tô passando para deixar um oi. Tua análise tá perfeita! Grande abraço :)

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