segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tamagoshis independentes




Para as pessoas que usam a internet de maneira fervorosa, visitando dezenas de sites diariamente, a criação do RSS é um advento e tanto. Eles ajudam a condensar as milhares de informações que são jogadas na internet em apenas uma tela. É a evolução do último debate de curso, o despejo quase infinito de conteúdo e as pessoas perdidas em tantos dados, tantas informações. Uma companheira de curso, a @lhys, fez uma citação interessantíssima no meu blog: “Tenho a impressão de que, apesar da quantidade de informação que existe por aí (e talvez exatamente por causa disso), as pessoas nunca foram tão mal-informadas.”. E as coisas na web 2.0 caminham mais ou menos para esse lado.

Talvez entendendo isso de forma mais visionária, sites como Digg (que tem até um caso conhecido como 'Efeito Digg', onde sites são derrubados após grande volume de visitas quando tem seu conteúdo publicado no Digg), Slashdot e Newsvine contam com a participação de usuários para elencar as informações mais interessantes vistas, ou garimpadas, na rede. Inclusive, no caso do Newsvine, o título do site me chamou atenção: “Get Smarter Here”. No Slashdot é "News for nerds. Stuff that matters". É tanta inutilidade publicada na web que, de fato, é preciso se fazer uma triagem decente do que queremos que nos atinja e não. O RSS chegou para mudar e, claro, seguindo as tendências, as tags e os ‘del.icio.us’ já estão aí para “decretar a morte” dos feeds. Será? De fato eu não sou a melhor pessoa para responder essa questão porque, se sou uma novata nos RSSs, imagina nos ‘del.icio.us’ da vida. E já que estamos falando do RSS, estou adorando conhecer melhor o Google Reader.


FeedDemon versus Google Reader

Certamente o fato de o GR ser uma aplicação com sistema operacional baseado na web, torna a ferramenta do Google mais atraente. A interface do dispositivo também é mais simpática do que a do FeedDemon, programa escolhido para servir de comparativo com o Google Reader. Creio, no entanto, que essa impressão seja apenas pelo costume de usar produtos da família Google. É como quando nos deparamos com o Linux depois de anos utilizando o Windows. Mas ainda há outras vantagens que o GR supera, e muito, o FD. Por ser na web, posso utilizá-lo pelo celular. Experimentei poucas vezes essa opção, mas quando acessei e percebi que posso saber as coisas que mais me interessam em qualquer lugar – mesmo -, fiquei surpresa.




O GR tem a opção de compartilhar uma informação interessante com seus amigos do Gtalk, mas além de não ter utilizado essa ferramenta, fico receosa com a questão de compartilhamento do Google. Quando criei a primeira conta no Twitter, existia a opção de compartilhar com meus amigos do Gmail que eu tinha uma nova página. Mas eu não queria que todas as pessoas soubessem do profile. Mesmo não tendo optado por esse quesito, fiquei receosa em saber se meus contatos haviam recebido o tal convite para compartilhar meu endereço ou não. Então eu leio o que me interessa e você lê o que te interessa. Quiçá envio uma notícia curiosa pelo ‘Send to’ do FD. O GR também tem essa opção, que é bem mais confiável e objetiva.




Um diferencial interessante do FD é que existe uma estação ‘Podcatcher’. Se tem, não achei no GR a possibilidade de capturar podcasts preferidos na internet sem visitar as páginas de origem. Ele baixa para você, armazena na sua pastinha e avisa que eles estão lá. Muito legal! Mas mais sensacional que a seção “Tendências” do GR não há igual. Já assumi publicamente que adoro os números, sobretudo de mercado. Só que quando se trata de um Ibope feito só para mim, é brilhante. Ali, o usuário tem os índices dos sites mais atualizados, os que eu mais li e quantos compartilhei, enviei por email, etc. Uma forma de analisar com uma visão numérica o que mais me chama atenção.


Outro item que merece atenção é a organização das notícias em tabs pelo FD. Como as matérias são visualizadas na página do programa, elas se espalham por várias tabs. Achei interessante pelo fato de as mesmas não se perderem com tanta rapidez. Porque ao acessar uma notícia, ela se perde quando retornamos para a página inicial. Já no GR, clicamos em uma determinada notícia, ele fornece o conteúdo na página de origem, abrindo uma nova janela de browser. É melhor por ver direto na página, mas ruim porque abrem diversas janelas. No entanto, o FD, em alguns momentos, demorou demasiadamente para carregar uma ou outra notícia. Coisa que não acontece quando ela se abre em uma outra janela. O FD também deixou meu Internet Explorer lento nos primeiros dias. Depois a coisa se normalizou.


Na questão da usabilidade, acho que os dois programas são bem estruturados. Não há grandes diferenças entre os dois, a não ser o fato de o FD ser totalmente em inglês e o GR em português. Pode ser um critério de escolha quem não se dá bem a língua quase mais falada do mundo. Finalizando minhas análises sobre as duas ferramentas feeds, ainda não consegui ver na prática uma vantagem sobre o uso dessas aplicações no meu trabalho. Na empresa onde trabalho, não podemos instalar programas aleatoriamente. Ou seja, só pude utilizar o FD em casa, quando acesso a web para lazer e por pouco tempo. Aguardo o dia que o Google Reader vai me dar essa luz.

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